Komunikologia
dos alimentos.
A ciência existe por estar
baseada em duvidas e explicações. E começa suas investigações a partir de
suspeitas e empirismos. Coleta dados, analisa e chega a conclusões.
Os cães, principalmente
aqueles que vivem em ambientes com uma vegetação próxima, tem por hábito
procurar comer algumas folhas de capim, ou similares, quando algum alimento o faz
passar mal. Até mesmo um envenenamento o fará procurar ingerir vegetais
fibrosos. As fibras e outros elementos contidos no vegetal, vão de alguma
maneira revolucionar seu estomago e todo o trato digestivo, facilitando a saída
do alimento indigesto e nocivo, por ação de vômitos e diarreias. O tempo e as
quantidades de ingestão, entre o envenenamento e o elemento fibroso determinarão
os resultados finais do processo digestivo.
O hábito dos gatos
promoverem o seu asseio por meio de lambidas, diariamente, por todo o corpo,
acaba por levar pelos para o seu sistema digestivo. E periodicamente procuram
vegetais em terreno baldios, para ingerir. Provocando uma regurgitação dos
pelos contidos em seu estomago, evitando problemas futuros.
Dos hábitos animais observados
podemos levantar algumas hipóteses entre cães e gatos. Animais a princípio
carnívoros, e suas razões em procurar vegetais para adicionar a sua dieta
diária: ou aprendem os benefícios dos alimentos vegetais por experiências
próprias ou aprendem por um aprendizado de linguagens entre eles, ainda não
detectado pelo homem e pela ciência.
Enquanto o homem e a ciência
não determinam uma prova concreta, sobre o conhecimento dos animais, fica uma
justificativa de ser um ato instintivo. Talvez uma komunicologia sem textos e
sem palavras, explicita por gestos e olhares; ou até quem sabe um conhecimento inscrito
em seu DNA, uma herança genética aprendida por gerações anteriores.
Os grupos humanos que hoje
ainda vivem em locais afastados das cidades, e com recursos farmacêuticos escassos,
transmitem e trocam seus conhecimentos com trocas de informações verbais e
gestuais, adquiridas aqui ou ali, por experiência própria ou por conhecimento,
de um fato acontecido com outros seres semelhantes. Usam e abusam de seus
recursos terapêuticos da flora, não tão escassos quanto os farmacêuticos
oriundos de laboratórios. A natureza oferece uma farmácia ao seu dispor e
alcance. Conhecimentos familiares transmitidos entre gerações determinam
propriedades terapêuticas, com a ingestão de determinadas ervas e alimentos.
Conhecimentos tribais atravessam gerações, como um ato cultural de um povo.
O homem ao longo de sua
trajetória histórica foi adquirindo conhecimentos de forma empírica.
Experiências de uns e de outros, com resultados desejados e alcançados. Com o
advindo da ciência e suas experiências, pode confirmar as razões ocultas nas
respostas orgânicas, obtidas pela ingestão de um ou de outro alimento, em
determinadas condições patológicas do paciente.
Além de determinar os
agentes e princípios ativos presentes nos alimentos utilizados como agentes de
melhoras, pode também identificar semelhanças entre os alimentos e a anatomia
interna do corpo. Antes de conhecer uma anatomia interna, o homem já estava em
contatos com alimentos que de um modo, ou de outro, facilitavam as melhoras de
determinada parte do organismo. As formas que iria encontrar investigando uma
anatomia interna, já eram conhecidas. Sem, no entanto, poder afirmar, suas
formas e indicações, até que provas laboratoriais comprovassem sua eficácia. A
visão da ciência pondo em duvida o empirismo, e procurando elementos para uma
confirmação.
A vida moderna, a evolução
da sociedade; e a própria sociedade de consumo escolheu e indicou, determinou
alguns alimentos como sendo as bases alimentares, de povos e grupos de pessoas.
Sejam eles escolhidos por um sabor mais apreciado pela maioria das populações;
sejam eles escolhidos pela facilidade de produção, ou mesmo escolhidos pela
facilidade de estoques e comercialização. Garantindo uma sobrevivência entre as
safras.
O numero de alimentos de
origem vegetal, com objetivos alimentares e terapêuticos comprovados é extenso.
Dentre eles alguns são mais consumidos e mais fáceis de serem encontrados.
Nestes produtos mais encontrados e mais consumidos, podemos verificar algumas
semelhanças, com partes internas do corpo humano, onde podem promover
benefícios.
E assim podemos identificar
uma semelhança das uvas com as células sanguíneas, de formas arredondadas ou
ovaladas para uma melhor circulação em um meio fluido circulando por veias e
artérias. Uvas variando entre cores e nomes de brancas a vermelhas, para
glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. A cor do tomate lembrando o sangue, e
suas câmaras internas lembrando as cavidades do coração. Indicam uma semelhança
com o órgão, que já tem como indicativo benéfico o consumo de tomates.
A noz muito consumida na
época de Natal tem em sua casca, uma semelhança com o cérebro, e quando partida
ainda pode mostrar a separação entre os hemisférios cerebrais. A semelhança
entre os feijões e os rins. Couve flor e brócolis lembram a arvore pulmonar com
brônquios e alvéolos.
Na medicina fitoterápica,
temos a espinheira santa como benéfica das patologias da coluna; e o quebra-pedras,
que nasce entre pedras, como indicativo para pedras nos rins. Na planta
denominada vulgarmente de comigo-ninguém-pode, fica clara a ideia de ter
toxinas e ser um veneno.
Aqui foram citados alguns
exemplos, muitos outros podem ser encontrados. E a natureza sempre chegou com
mensagens ocultas, antes das comprovações da ciência.
Natal/RN
23/12/14
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