sábado, 5 de novembro de 2016

FLiQ e FLIN

placas-de-sinalizacao-em-pvc-laminado.jpgIMAGEM: https://www.google.com.br/search?q=placas+de+sinaliza%C3%A7%C3%A3o&biw=1242&bih=566&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj66qnQjpDQAhXBjpAKHSlOD-sQ_AUIBigB#q=placas+de+sinaliza%C3%A7%C3%A3o&tbm=isch&tbs=isz:l&imgrc=Bfl7KjYvAARJ-M%3A


FLiQ e FLIN

Que a FLIQ não tenha as mesmas falhas e deficiências  da FLINstones

PDF 771

Chapeuzinho Vermelho, podia ter suas estratégias para chegar a casa da Vovozinha, como alem saber o caminho, reconhecer uma trilha marcada no chão, identificar árvores e pedras que confirmariam estar no caminho certo. A paisagem podia estar cheia de placas indicativas, como vegetais e minerais que indicariam o caminho certo. Cheiros, ventos e fumaças podem indicar uma mensagem ou caminho. Tio Patinhas e Pato Donald, nas histórias em quadrinhos, sempre contam com a astúcia de seus sobrinhos, para encontrar respostas e tirar dúvidas, de decisões e caminhos com o Manual do Escoteiro Mirim.  Tudo pode ser encontrado no manual, do símbolo mais simples, feito com gravetos,  ao símbolo mais moderno e complexo, com placas de metais e fibra de vidro. Além de receitas inimagináveis.

E no caminho da FLiQ e para a FLiQ, está repleto de quadrinhos que indicam como encontrar um caminho, tomar decisões e destinos. Quadrinhos com placas e em placas: quadradas ou retangulares, octogonais ou redondas; com duas ou mais cores. Com palavras ou símbolos. Com informações e setas indicativas, espalhadas pelas ruas da cidade, Onde os caminhos estão predeterminados, carros circulam nas ruas e pedestres pelas calçadas. A pista da direita ou da esquerda, determinam uma direção ou uma velocidade. Há um conhecimento básico, que determina os sentidos, e preferências, quando não há indicativos, por placas ou sinais.

A partir de um conhecimento básico e uma regra, se faz necessário reconhecer e entender a linha divisória da rua e da calçada, separando os dois espaços, denominada de guia ou meio fio, como um caminho de pedras (um equilíbrio), todas alinhadas, perfiladas em um sentido e duas direções, separando os caminhantes dos carros diversos. Uma guia feita com blocos de pedras, raras são as de concreto, separando dois níveis, com uma diferença de altura. Uma para os que andam de automóveis, o outro para os que andam a pé. Um desnível facilmente percebido por quem está dirigindo, onde subir um degrau significa adentrar em um espaço não permitido. Nas ruas observamos faixas pintadas no asfalto, ou por pedras de cores diferenciadas onde a pavimentação é com paralelepipedos. Uma rampa ligando os níveis tem outros significados, como não poder obstruir uma passagem; como entrada de garagem ou acesso de cadeirante. Ótimo para caminhantes ao atravessar uma rua, e chegar do outro lado encontrando outra rampa.

Os quadrinhos podem ser encontrados por toda parte. Afixados em barras e postes, perpendiculares ao solo, ou paralelos às pistas, tudo é informação. E ainda podem existir linhas marcadas nas ruas, contínuas ou tracejadas. A informação horizontal e/ou vertical, são individuais ou se completam. Com cores, formas e letras uma mensagem é passada. Uma linguagem universal, compreendida por todos os povos, línguas, dialetos e idiomas. Compreensível aos que não dominam o uso das letras. Para cegos pode haver sinais sonoros e piso táctil. Conhecimentos fundamentais para quem possui uma CNH e um volante nas mãos. Onde um vidro transparente mostra a paisagem, como uma tela de cinema, e o domínio do destino. No retrovisor podem surgir luzes pedindo passagem e abrindo caminho, em situações de emergencia e urgencia, complementados por sinais sonoros.

A princípio as placas, como quadrinhos, podem oferecer informações aos que circulam com automóveis, mas um motorista também é um pedestre, quando se desarma da sua armadura ambulante, promovendo a distribuição farta de monóxido de carbono, que aos poucos poluem o ambiente e provocam o efeito estufa… A sua comodidade ameaça o futuro do planeta e o presente das pessoas. Usam um carro para justificar um passado, de ser um ferrenho e persistente conquistador. O carro além de facilitar um deslocamento, esboça um poder sobre aquele que circula a pé. É uma arma nas mãos de um condutor, não respeitador do espaço alheio, da resistência física, do metal sobre a carne.

A VI Feira de Livros e Quadrinhos de Natal/RN acontece entre os dias 10 e 13 de novembro de 2016, na Cidade da Criança. A expectativa é de reunir um público entre visitantes, participantes, expositores e convidados. Mas para deixar a FLiQ ainda mais divertida e leve no seu espaço de realização, algumas providências devem e podem ser tomadas, aproveitando seu público mostrando uma outra literatura, no seu espaço interno. Uma literatura que também existe do lado de fora, antes de entrar no espaço da criança, e das histórias em quadrinhos, e dos livros oferecidos.

E no espaço interno da Cidade da Criança, uma literatura com placas de informações pode ser implantada, favorecendo os novos leitores que se adaptam e aprendem a conhecer e reconhecer as placas nas ruas.

Que a FLIQ não se torne uma FLINstones(1) com desrespeito aos que circulam a pé, ou até mesmo com uma bengala ou cadeira de rodas. Que a FLiQ não seja um TCP (Teatro de Cultura Popular): Tecendo Críticas Preliminares(2) e Tecendo Críticas Posteriores(3), com desrespeito aos seus ocupantes. As placas foram criadas para serem usadas e respeitadas, promovendo uma convivência e participação de todos em um mesmo espaço. Um conjunto de normas e regras que proporcionam uma convivência mútua. conhecimentos que Vilém Flusser denominaria como uma Kommunikologie.


Roberto Cardoso (Maracajá)
Jornalista Científico
Escritor, articulista e cronista

Em 05/11/2016
No paquiderme norteriograndense.

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