domingo, 18 de outubro de 2015

Dualidades e osmoses (v.2)



Dualidades e osmoses (v.2)
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Algumas das partes externas do corpo humano são duplas, para mostrar que em determinados momentos poderá haver duas opções. E uma escolha deverá ser feita diante de duas opções. Duas direções que podem ser apontadas por um dedo indicador. O dedo indicador esquerdo ou o direito, posições definidas a partir do uso de uma das mãos. Uma mão direita ou uma mão esquerda, cada uma podendo elencar cinco opções. Escolhida a direção, uma perna deverá dar o primeiro passo, a perna direita ou a perna esquerda. Um pé deverá deixar o espaço que ocupa, para ocupar outra posição. Um pé segue o outro, até que juntos possam fazer uma pausa, para avaliar ou corrigir o rumo. Novos passos, e novas direções podem ser definidos e traçados. O primeiro passo vai acompanhado de um olhar. Um olhar à direita ou um olhar á esquerda.  E seguir para onde o nariz aponta. O nariz órgão fundamental para os animais, com olfato apurado, que seguem um faro. 

Seguir um caminho com o nariz à frente, apontando uma direção. Tal como o nariz de um avião que oculta um radar, identificando o que pode ser encontrado à frente. Seguir com o nariz voltado à vante, empinado, ou voltado para o chão, sempre acompanhando o olhar. Uma direção determinada pelos movimentos do pescoço que faz o elo entre a cabeça e o corpo, com os membros de direção e locomoção. O pescoço como a ligação entre o pensar e o agir, entre o avaliar e decidir. 

Algumas partes da anatomia interna do corpo humano também são duplas. Os dois lados do cérebro fazem sinapses e trocam informações entre si. Daí se faz as escolhas de quem será a tomada de decisão, de um caminho ou direção a seguir. Cada lado do cérebro comanda o lado oposto do corpo. Entre caminhos cruzados surge a dúvida entre a razão e a emoção.

A oxigenação do cérebro é necessidade básica para uma boa decisão. E um par de rins filtra o sangue que chegará ao cérebro proporcionando uma boa oxigenação, livrando o sangue de impurezas e incertezas. Um par de rins representa uma dualidade ao filtrar o sangue, o simbolismo da vida. Côncavos e voltados um para o outro representam os relacionamentos a dois. Ambos filtram o sangue e a vida, o sangue que corre nas veias e pulsa no coração. O sangue que determina o ritmo da vida, na frequência cardíaca (FC) e na frequência respiratória (FR), determinada por um par de pulmões que mantém um contato com o ar exterior, o meio exterior. E uma intensidade da emoção é detectada na pressão arterial (PA).  As informações que o corpo fornece em: “Enfermagem e komunicologia”, por Roberto Cardoso, publicado em: Informática em Revista (http://www.informaticaemrevista.com.br/).

O lado direito é sempre definido como o correto, o lado certo e da certeza. A direção e a decisão correta a partir da visão cartesiana, o lado positivo. Uma visão de quem os criou, uma visão de uma maioria destra. Nas ruas onde trafegam os automóveis, a mão a ser tomada é a mão direita. A mão esquerda destina-se aos que estão voltando. Voltando por alguma razão ou sugestão. Foram e agora podem estar voltando; ou podem estar simplesmente chegando, partindo de suas origens. 

Na política os grupos de esquerda se antagonizam com grupos de direita. Grupos mais radicais surgem de um lado ou de outro, podem atingir uma extrema direita ou uma extrema esquerda. Entre um grupo de direita e um grupo de esquerda surgem grupos de centro, buscando um espaço tentando equilibrar as forças.

Quem deseja ir de carro para determinado lado ou determinada direção, deve seguir pela mão direita, por questões de segurança e regras de transito.  A mão esquerda é a contramão do fluxo, com veículos diversos em direção contraria. E simbolicamente o lado do coração, com opiniões, conceitos e ideias vindas em direção contraria, por aqueles que circulam e trafegam ao redor. Aqueles que desejam ocupar o seu lugar.

Depois de muito tempo de convivência com uma pessoa, osmoses de decisões e comportamentos acontecem. A condição e a decisão de formar um só corpo criam condições de ser tomada apenas uma decisão. Quatro olhos formaram quatro olhares, sendo um deles o escolhido. Quatro dedos indicadores apontaram para quatro direções, sendo apenas uma escolhida. Duas bocas fizeram apenas uma fala, para seguir em uma direção, apontada por um nariz.

Comportamentos são compartilhados e assimilados. Gostos podem ser misturados e reorganizados. A mistura de gostos e sabores criam novas opções organolépticas. Gostos por alimentos ou novos comportamentos. As capacidades de audição e degustação proporcionam novos olhares para novos aromas, com o tato e o contato do dia a dia.    

 

18/10/15

Texto disponível em:


 

Versão original:



 

Rio de Janeiro/RJ ─ 10/10/2014       

Texto produzido para:  

Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento 

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento 

Key Words: management; quality;  knowledge  

  

CMEC/FUNCARTE Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes - Natal/RN    

Roberto Cardoso   


 

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Nas trilhas da Komunikologia


 
Nas trilhas da Komunikologia
 
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Voltando no espaço e no tempo, é possível lembrar do vento. Ventos quando ainda haviam matas e florestas. Ventos que entravam em matas fechadas, procurando espaços entre as arvores de matas e florestas, para então chegar em um outro lado, ou chegar em espaços fechados, mas abertos em clareiras, um espaço amplo para uma meia volta do vento. Um lugar para parar, descansar e sair em busca de outros caminhos. Traçando caminhos de vento, esgueirando-se entre as arvores.

E o homem daquele tempo seguiu os passos do vento, em busca de seus próprios caminhos, para se embrenhar nas florestas densas, em busca de caças, sementes, frutos e outros alimentos. Com o tempo, e com o caminhar dos elementos, eles iam deixando marcas pelo caminho, tal como o vento. Marcas que aumentaram com o tempo, amansaram as matas, e matos rasteiros, criando as primeiras trilhas. Passos sequenciais que marcaram um espaço, uma trilha, um caminho demarcado com o tempo. E outros elementos que não eram desbravadores, foram beneficiados por um caminho já traçado, já explorado e com destinos determinados. Mas não havia placas pelos caminhos.

Ainda não chegara os tempos das placas, mas havia informações pelo caminho. O homem daquele tempo, vivia em busca de informações que encontrava pelo caminho, pelas trilhas criadas. Sinais informativos que não estavam em placas. Ouviu cantos de pássaros, e sons de insetos diversos. Viu o caminho das formigas, que deixavam marcas invisíveis pelo caminho.

Hoje pistas e avenidas são abertas e construídas, nas cidades formigueiros. E agora as informações são deixadas em placas. Placas e faixas ao longo da avenida para alertar os motoristas que vem atrás, com destinos já pesquisados. Sinais de alerta e sinais de perigos. Sinais para outras formigas. Formigas mais lentas e formigas mais frágeis, diante os carros de lata, construídos sobre uma estrutura de aço.

Os homens tecnológicos com pesquisas em laboratório, pesquisaram e encontraram uma substancia eliminada pelas formigas, um produto químico, deixado pelas formigas em seus caminhos. Dizem os pesquisadores com estratégica cômica, que é um produto químico, enfim um elemento químico identificado, com uma formula bem pequenininha, para caber dentro das formiguinhas. O ácido fórmico ou feromônios não importa, mas é um composto químico pesquisado em laboratórios. O homem tecnológico saiu em busca de provas, que o convencessem, um autoconvencimento pelos seus próprios argumentos. Criou a química e definiu formulas, químicas orgânicas e inorgânicas.

E ficou uma lição deixada pelas formigas. Deixar uma informação pelo caminho, para que outras formigas possam seguir a mesma trilha que levam a um lugar pesquisado pelas formigas que vão a frente, e identificaram um lugar com mantimentos necessários e suficientes.

Com ácido ou sem ácido, cada um entre o homem e as formigas, deixaram marcas pelos caminhos, para que outros pudessem seguir uma mesma trilha. Trilhas com marcas químicas ou visuais, trilhas aromáticas ou virtuais. Os escoteiros seguindo várias trilhas, criaram marcas para serem deixadas pelos caminhos. Marcas com gravetos para que os escoteiros que seguem atrás, possam saber as direções tomadas pelo grupo que segue a frente. Até aqui, homens ou formigas, escoteiros ou excursionistas criaram e traçaram trilhas. Caminharam pelas trilhas carregando o que poderiam carregar com sua própria força. E o homem criou outros elementos para transportar pertences e mercadorias como: bolsas, sacolas e mochilas, adaptáveis a sua força e anatomia. Com outros tipos de transportes criou outros equipamentos, e novas placas e marcas.

 

11/10/15

 

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Komunicologia corporal (parte1)

Komunicologia corporal (parte1) 
Desde a idade embrionária o ser vivente aprende a lidar, e manter contato com o meio que o abriga, e que o protege. O embrião sem noção de direção, em meio à escuridão, envolvido pelo liquido amniótico não tem muito que ver ou perceber, deduzir sobre o que acontece ao seu redor. Estas são conclusões tiradas a partir nos nossos conhecimentos e referenciais de mundo, deste mundo físico e fisiológico que vivemos. 
O som do coração da mãe grávida bate ritmado sendo percebido por vibração pelo feto, já que naquele momento os dois formam um só corpo. Os órgãos internos da mãe são muito próximos uns dos outros, e o coração fetal ainda não está tão desenvolvido para perceber o seu próprio ritmo cardíaco independente, em meio ao ambiente líquido e a escuridão que o envolve.
Quando mergulhamos quer no seja mar, em um rio, em uma lagoa ou em uma piscina é possível perceber alguns barulhos, alguns sons, dependendo de distancias e situações. Barulhos de motores de lanchas e suas esteiras produzidas pelo deslocamento, barulho de pessoas próximas ao nosso redor, nadando, gritando, movimentando ou se debatendo. Sons de bolhas e borbulhas, e etc. Também podemos perceber a iluminação do ambiente, que vai variando a intensidade com diferenças de profundidade. Destes fatos conhecidos e percebidos podemos então deduzir que a criança antes de nascer, tem algumas percepções, embora não saiba exatamente o que ou quem produz uma luz, um som, ou um movimento, mas pode sentir e perceber com as suas interações, posições e distinções.
Ao sentir, ouvir e perceber as batidas do coração da mãe, o embrião, depois feto, tem um referencial do que acontece fora de si, ou ao entorno de si. O bombeamento de sangue da mãe ritma-se com o seu, já que um mesmo sistema circulatório abastece as células dos dois seres. O ritmo do coração da mãe torna-se um referencial para o feto, um ser vivente o abriga e o conduz. Caso este coração pare de bater pode ser um risco para sua existência. 
Além do ritmo cardíaco as posições do corpo que abriga e envolve o feto, criam novas situações. A condição da mãe, de estar deitada ou sentada, parada ou andando, estática ou em movimento. Condições e posições que podem proporcionar confortos ou desconfortos ao feto.
Com o passar dos meses, com aumento do tamanho do feto, torna-se mais apertado e mais incomodo o espaço que ele ocupa. E qualquer anormalidade percebida, uma anormalidade que o incomode ou que crie uma dúvida, pode reagir com um chute ou um movimento, tentando reaver a posição mais cômoda ou confortável. Até mesmo uma alternativa para que o corpo que o evolve de uma resposta de estar vivo. 
Tal como o embrião, o feto continua no meio da escuridão e envolvido por um meio liquido. No máximo há observação de uma tênue claridade, quem sabe talvez por uma transparência do tecido abdominal maternal diante uma iluminação natural ou artificial intensa. Estes são os meios de interagir e se comunicar com o meio externo ou o meio que o envolve. 
Assim começa uma interatividade do ser com o meio. E como diz Vygotsky o homem é modificado pelo meio e modifica o meio a que pertence. E tal como a mulher grávida tem seu corpo modificado por uma gravidez fisiológica ou patológica, modifica o ser incubado no ventre que evolui com o tempo. Até que por fim o ser embrionário e fetal abandona o espaço que ocupou cerca de nove meses, e continuam se modificando um ao outro com seus comportamentos e afastamentos, com questões sociais e psicossociais. 

 Entre Natal e Parnamirim/RN ─  22/12/2013  
Texto escrito para:  Go runners     
Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento 
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento 
Key Words: management; quality;  knowledge   
Roberto Cardoso (Maracajá)