Avião
midiático (parte 1)
Uma lição de komunikologia -
Fly one
Contato
companheiro, ao vento sobranceiro. Lancemos o roncar da hélice a girar -
Hino dos Aviadores da Força Aérea Brasileira.
Contato companheiro, assim
diz a letra do Hino dos Aviadores, lembrando os primeiros tempos da era da
aviação. Retrata uma época quando os aviões eram providos somente de hélices,
para impulsionar, deslocar, e alçar voo. O tempo e a época, que um companheiro
na pista, dava início ao giro do hélice com um impulso manual nas pás do motor,
depois de uma ignição feita pelo piloto, posicionado a bordo do avião. O
companheiro de fora do avião se comunicava verbalmente, ou por gestos com o
piloto. Um indicativo para fazer o contato de ignição, e que seria dado o
impulso inicial do hélice, fazendo o motor roncar. Tal como se faz com um carro
sem bateria, ao ser empurrado para que o motor pegue no ‘tranco’. O carro se
movimenta com suas rodas deslizando pelo chão, enquanto o avião desliza com
suas asas no ar.
Vamos
filhos altivos dos ares / Nosso voo ousado alçar / Sobre campos cidades e
mares, / Vamos nuvens e céus enfrentar - Hino dos Aviadores da
Força Aérea Brasileira.
O avião e a aviação produzem
e usam elementos de comunicação, de maneira clara, simples e precisa. Critérios
e procedimentos, códigos e normas, símbolos e siglas foram criados com a
evolução da navegação. A necessidade de navegar e de voar. Uma antiga canção
portuguesa diz que: navegar é preciso, viver não é preciso. Do ponto de vista do
avanço intelectual e tecnológico, voar é preciso e viver não é preciso.
Da navegação marítima à
navegação aérea, conceitos permaneceram para uso do comandante e da tripulação.
Uma comunicação entre aqueles que estão embarcados, a bordo de uma nave ─ de um
navio ou de um avião ─ e a terra, com aqueles que estão em terra, em uma
estação marítima ou aeroviária.
Noé foi um dos primeiros
navegadores da história escrita. Do convés de sua arca pode observar que o céu
estava claro, e que a chuva havia cessado. E precisava de uma mensagem da terra
indicando um local de ancoragem. Um local autorizando a sua atracação. Fez seu
primeiro contato com a terra através do uso de algumas aves, supostamente
pombas. E as aves trouxeram uma mensagem de volta, informando que existia ou
não, um lugar para desembarcar.
Ao longo da historia vai-se
repetindo gestos e procedimentos de acordo com a tecnologia disponível. Da ave
de Noé surgiu o pombo correio. Do pombo correio chegou-se ao avião, com pessoas
levando ideias e conhecimentos, levando mensagens pessoalmente. O homem
midiático, o ser humano como uma mídia de transferência de conhecimentos.
Dos códigos e mensagens
náuticas e aeronáuticas, surgiram outros códigos e mensagens. Transmissões de
dados e informações que outros grupos profissionais se utilizam. Códigos e
mensagens que cada vez mais fazem parte de nosso dia a dia. Tudo acontece e
tudo se transforma sem darmos conta de como surgiu e como vem sendo inserido no
modo de se comunicar (Kommunikologie I – Informática em Revista
– Outubro/2013 e Kommunikologie II – Informática em Revista – Novembro/2013).
Um dia o homem construiu
embarcações, e começou a navegar pelos rios e mares, atravessou oceanos. Criou
os portos, como um lugar seguro de chegadas e de partidas. Hoje o homem navega
pelos ares a partir de aeroportos, um lugar seguro do ponto de vista de quem
esta com os pés no chão. A segurança do voo depende daqueles que estão em
terra.
Naves e aeronaves para
chegar às astronaves. E em um futuro o homem navegara pelo espaço, a partir de
bases espaciais e algum espaço porto, embarcando e viajando em astronaves. E
cada vez mais vai se tornando necessária uma comunicação: simples, clara e
precisa. Uma Komunikologia. E para melhor compreensão é preciso saber
claramente o significado das mensagens aparentemente simples.
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