sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Avião midiático (parte 2)



Avião midiático (parte 2)



Uma lição de komunikologia (Fly two)


Hélices deram os primeiros impulsos e movimento à navegação marítima e a navegação aérea. Ao longo da evolução histórica da propulsão, transformaram-se em jatos e turbos, foguetes e reatores, para dar novos impulsos à navegação marítima ou fluvial; aérea ou espacial.

Navegadores elaboraram mapas, percorrendo e descrevendo litorais marítimos, com acidentes geográficos. Estabeleceram marcos de referencias, bem como as suas características e coordenadas. A partir da cruz do mastro, lembrando um eixo, o eixo cartesiano, traçaram destinos e rumos. O mastro traçava destinos no céu a partir do convés, e os instrumentos de desenho traçavam destinos sobre um mapa na cabine do comando.

Enquanto a cruz do mastro cedia espaço para uma vigília e apontava para o céu, esquadros sobre a mesa do comando calculavam e apontavam uma direção em um mapa. Enquanto o mastro como um taco de bilhar tentava acertar as estrelas, como pontos brilhantes no céu, uma régua traçava pontos no mapa. O mastro descrevia círculos no ar e o compasso descrevia as curvas de navegação. 

O conhecimento geográfico foi criado observando a geografia terrestre, com viagens, excursões e epopeias, para depois ser levado para dentro de escolas e universidades. Com a geografia de hoje constrói-se a historia que será contada no amanhã. 

Geógrafos e navegadores, como desbravadores e descobridores, criaram mapas e cartas com objetivo de facilitar a navegação dos próximos navegadores. Tal como escoteiros marcam caminhos em trilhas nas matas e florestas, indicando a direção aos que vem atrás.  Geógrafos e navegadores observaram o relevo e a vegetação, classificaram os animais, diferenciando uma paisagem da outra. Fizeram anotações simbólicas sobre uma mídia gráfica. E assim se pôde evoluir a ideia dos escoteiros que marcavam o caminho pelo próprio caminho percorrido. Com cartas e mapas foi possível levar consigo todas as marcações que poderiam ser feitas e encontradas pelo caminho a ser percorrido. 

Todo conhecimento evolui sem esquecer ou desprezar os anteriores. Escoteiros podem ter mapas e continuar a marcar os caminhos e as trilhas. Militares podem não ter mapas e precisar a continuar a marcar os novos caminhos. Escoteiros e militares podem reconhecer estrelas e determinar direções. Podem conhecer rotas de aviões e determinar uma direção olhando para o céu. Reconhecem a direção do vento e calculam uma direção rumo ao mar. 

Um avião cruzando o céu pode oferecer diversas informações: avião civil ou militar, com propulsão a jato ou hélice, pertencente à marinha, ao exercito ou a aeronáutica. Um avião civil permite pelas suas cores e emblemas, conhecer seu país e empresa aérea, etc. Rastros e trilhas deixados pelo avião deixam outras informações, meteorológicas e climatológicas.

Acidentes geográficos podem causar acidentes e incidentes à navegação. Mapas e cartas geográficas possuem sinais para saber como navegar: aonde ir e como voltar, quais os perigos encontrados, e estratégias para serem enfrentados. “Quando navegares por aquele local abra bem os olhos, abra os olhos, abrolhos”. E assim surgiu o nome do arquipélago de Abrolhos. Local perigoso para a navegação em caravelas sujeitas a mudanças de ventos diante formações rochosas. O arquipélago de Abrolhos esta marcado em cartas náuticas e aeronáuticas.

Com as ideias das construções e elaborações das primeiras cartas náuticas, estabeleceram-se regras e conceitos para as cartas geográficas e aeronáuticas. Altitudes e elevações em torno de uma pista de pouso precisam estar registradas nas cartas de navegação aérea. Perigos físicos estão marcados e devem ser contornados. Como um perigo existente e como um obstáculo físico presente.

Uma característica da navegação marítima e seus navegadores é procurar abrigos naturais para ancoragem. Abrigos que podem ser denominados geograficamente de angra, enseadas ou baias: por exemplo, Angra do Reis no Rio de Janeiro (RJ), e Baía de Todos os Santos, na Bahia (BA). Rios que desembocam no mar eram sinais de abrigos para embarcações, desde a época das grandes navegações e os descobrimentos marítimos. Uma lição aprendida em casa no rio Tejo.

Rio Grande do Norte (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Rio Grande do Sul (RS), foram nomes criados a partir de uma ideia de serem grandes rios desembocando no litoral. A Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul; o Rio Potengi no Rio Grande do Norte; e a Baia de Guanabara no Rio de Janeiro, por ter sido descoberta ou identificada no mês de janeiro, imaginado ser a desembocadura de um grande rio.

Ao longo da história da navegação descobriram-se locais seguros para abrigar embarcações e construíram-se portos. Cidades que se tornaram mais povoadas e tinham uma infraestrutura para receber navios, por evolução e histórico podiam também receber aviões, facilitando um intermodal. Começaram sua historia na aviação com pousos de hidro aviões. Cidades com portos foram cidades ideais para instalação de aeroportos. Construíram-se pistas e hangares nas tais cidades, ofertando pouso e abrigo aos aviões e aviadores. Na tal cidade capital norte-rio-grandense é um exemplo marcante, com historias e memórias. Na tal cidade por um tempo foi referenciada e versada, por ter em cada rua um poeta e em cada esquina um jornal.

A cidade de Natal/RN começou sua história na aviação com o pouso de hidroaviões que vinham de outros continentes, podendo fazer uma escala em Fernando de Noronha. Como os primeiros aviões não tinham uma grande autonomia de voo para atravessar oceanos tornou-se viável e indispensável o uso de hidroaviões, para assim cobrir grandes distancias, com maior velocidade que os navios, e com a facilidade de pouso em águas abrigadas. 

E novamente os portugueses participaram das primeiras navegações, dos primeiros voos de navegação aérea, como Bartolomeu de Gusmão, o inventor do aeróstato (1710). Sacadura Cabral e Gago Coutinho, lembrados em nomes de ruas, no Rio de Janeiro.


Rio de Janeiro/RJ ─  19/09/2014







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sábado, 13 de setembro de 2014

Avião midiático (parte 1)



Avião midiático (parte 1)

Uma lição de komunikologia - Fly one



Contato companheiro, ao vento sobranceiro. Lancemos o roncar da hélice a girar - Hino dos Aviadores da Força Aérea Brasileira.

Contato companheiro, assim diz a letra do Hino dos Aviadores, lembrando os primeiros tempos da era da aviação. Retrata uma época quando os aviões eram providos somente de hélices, para impulsionar, deslocar, e alçar voo. O tempo e a época, que um companheiro na pista, dava início ao giro do hélice com um impulso manual nas pás do motor, depois de uma ignição feita pelo piloto, posicionado a bordo do avião. O companheiro de fora do avião se comunicava verbalmente, ou por gestos com o piloto. Um indicativo para fazer o contato de ignição, e que seria dado o impulso inicial do hélice, fazendo o motor roncar. Tal como se faz com um carro sem bateria, ao ser empurrado para que o motor pegue no ‘tranco’. O carro se movimenta com suas rodas deslizando pelo chão, enquanto o avião desliza com suas asas no ar.

Vamos filhos altivos dos ares / Nosso voo ousado alçar / Sobre campos cidades e mares, / Vamos nuvens e céus enfrentar - Hino dos Aviadores da Força Aérea Brasileira. 

O avião e a aviação produzem e usam elementos de comunicação, de maneira clara, simples e precisa. Critérios e procedimentos, códigos e normas, símbolos e siglas foram criados com a evolução da navegação. A necessidade de navegar e de voar. Uma antiga canção portuguesa diz que: navegar é preciso, viver não é preciso. Do ponto de vista do avanço intelectual e tecnológico, voar é preciso e viver não é preciso.

Da navegação marítima à navegação aérea, conceitos permaneceram para uso do comandante e da tripulação. Uma comunicação entre aqueles que estão embarcados, a bordo de uma nave ─ de um navio ou de um avião ─ e a terra, com aqueles que estão em terra, em uma estação marítima ou aeroviária. 

Noé foi um dos primeiros navegadores da história escrita. Do convés de sua arca pode observar que o céu estava claro, e que a chuva havia cessado. E precisava de uma mensagem da terra indicando um local de ancoragem. Um local autorizando a sua atracação. Fez seu primeiro contato com a terra através do uso de algumas aves, supostamente pombas. E as aves trouxeram uma mensagem de volta, informando que existia ou não, um lugar para desembarcar.

Ao longo da historia vai-se repetindo gestos e procedimentos de acordo com a tecnologia disponível. Da ave de Noé surgiu o pombo correio. Do pombo correio chegou-se ao avião, com pessoas levando ideias e conhecimentos, levando mensagens pessoalmente. O homem midiático, o ser humano como uma mídia de transferência de conhecimentos.

Dos códigos e mensagens náuticas e aeronáuticas, surgiram outros códigos e mensagens. Transmissões de dados e informações que outros grupos profissionais se utilizam. Códigos e mensagens que cada vez mais fazem parte de nosso dia a dia. Tudo acontece e tudo se transforma sem darmos conta de como surgiu e como vem sendo inserido no modo de se comunicar (Kommunikologie I – Informática em Revista – Outubro/2013 e Kommunikologie II – Informática em Revista – Novembro/2013).

Um dia o homem construiu embarcações, e começou a navegar pelos rios e mares, atravessou oceanos. Criou os portos, como um lugar seguro de chegadas e de partidas. Hoje o homem navega pelos ares a partir de aeroportos, um lugar seguro do ponto de vista de quem esta com os pés no chão. A segurança do voo depende daqueles que estão em terra.

Naves e aeronaves para chegar às astronaves. E em um futuro o homem navegara pelo espaço, a partir de bases espaciais e algum espaço porto, embarcando e viajando em astronaves. E cada vez mais vai se tornando necessária uma comunicação: simples, clara e precisa. Uma Komunikologia. E para melhor compreensão é preciso saber claramente o significado das mensagens aparentemente simples.