terça-feira, 20 de agosto de 2013

QR Code QAP


QR Code QAP

 

Índios nativos batiam com paus nas raízes expostas de grandes árvores produzindo sons para enviar mensagens pela floresta. O homem descobriu o fogo, pode controla-lo e fazer sinais de fumaça que podiam ser vistos e compreendidos a distância. Para uma boa difusão e compreensão destas mensagens, povos antigos dependiam da ausência de chuvas, da direção e da velocidade dos ventos, das habilidades do emissor e do receptor, das combinações de codificações anteriores às emissões dos sinais, para uma boa compreensão. Assim pode ter começado uma produção de conhecimento com troca de informações à distância, com interpretações de sinais simples e compostos, dando inicio a uma comunicologia (kommunikologie).

Com um pedaço de espelho ou algo semelhante alguém fez reflexos dos raios solares e enviou sinais que também podiam ser vistos a distância na dependência apenas da inclinação do sol em dias claros e das posições do emissor e do receptor.

Talvez os códigos utilizados nos sinais de fumaça e reflexos com espelhos tenham sido criados a partir de uma exposição curta e uma longa dos raios de sol e da fumaça. O código Morse é composto por traços e pontos, um sinal longo e um sinal curto. E assim foram evoluindo os sinais na comunicação.

Diversos sinais e códigos foram criados para facilitar e precisar as informações nas comunicações, como alfabeto fonético e o código Q. Com o avanço tecnológico a precisão da informação se tornou necessária. Na meteorologia os códigos meteorológicos levam mensagens das estações de observação de tempo para estações meteorológicas de interpretação e analise de dados. Meteorologia é fundamental para as rotas marítimas e aéreas, a precisão é fator fundamental, com informações precisas, previsões meteorológicas mais precisas.

Na aviação e na navegação outros códigos são utilizados entre aviões e aeroportos e entre portos e embarcações, códigos que determinam suas localizações, situações de tempo, horas estimadas de chegada e de partida. Além de outros que podem ser úteis na navegação marítima e aérea.

Existe um código popular que a maioria das pessoas já convive no seu dia a dia com ele, o código de barras, hoje largamente utilizado em produtos. Não é um código verbal, é um código impresso, e de apenas uma dimensão, em uma direção é feito uma leitura linear com o scanner, que faz um link do produto com o receptor.

Surge agora um novo código impresso que vai ganhando popularidade, o QR Code, é um código criado por uma empresa japonesa (Denso-Wave, 1994), que fotografados e colocados na internet, inúmeras informações poderão ser obtidas sobre o produto. Possuem duas dimensões (2D), é formado por um polígono de dois lados, com informações digitais no seu interior.

O próximo passo do homem e da humanidade é um código em três dimensões (3D). Este novo modelo de código já vem sendo estudado e testado desde a década de 1970, por crianças, jovens e adultos, é o cubo de Rubik. Um brinquedo de três dimensões (3D), mais conhecido como cubo mágico aonde os usuários vão se distraindo e tentando combinações diversas, treinando sua coordenação motora e familiarização com um código tridimensional.

Enquanto um grupo de pessoas faz do cubo mágico um brinquedo e uma ocupação do tempo a tecnologia avança para fazer uma leitura tridimensional. E quando a tecnologia chegar não será difícil ao usuário compreender o código. E o mundo é dos nets, dos netos e daqueles que estão ligados a net work mundial www. Sinais de fumaça receberam QTA e mundo está QAP  aguardando QSL para um novo código de informações.

 


Artigo escrito para:

Informática em Revista

Set/2013

 
Natal - Parnamirim/RN ─  20/08/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

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