segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Komunikologia em Segurança Pública

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Komunikologia 
em Segurança Pública

Desde há muito tempo nos espaços rurais, moradores próximos aos engenhos, sabiam reconhecer o apito do engenho chamando para trabalhar. Em áreas industriais eram (ou ainda são) os apitos de fabricas que convocavam ou convocam trabalhadores para iniciar a jornada de trabalho. Apitos diferenciados e fora de uma hora tradicional, podiam e podem informar uma anormalidade, um incêndio ou falta de matéria-prima em uma caldeira que não podia ou não pode parar.

O dia começa com uma alvorada de pássaros e com os primeiros raios de Sol desfazendo a escuridão. Uma informação sonora e luminosa. Para os que acordam antes do Sol nascer, o galo também já emitiu sinais sonoros. Muitos moradores do interior atribuem ao som emitido pelo jegue ou jumento, um anunciar de horas. Os despertadores podem também emitir sons e luminosidades, dependendo de uma programação, um acordo entre o equipamento e o usuário. 

Por muito tempo em cidades do interior, os sons dos sinos transmitiam uma informação ou um conhecimento. O anuncio das horas, a convocação para a missa, e a informação de um batizado ou casamento. Um falecimento ou uma missa de sete ou trinta dias, para habitantes antes já falecidos. 

O apito do trem, do vapor e do navio. Anunciam uma chegada ou um horário de partida. E assim vai-se construindo um significado para os sons. Uma komunikologia para transmitir uma informação ou um conhecimento, para todos aptos e atentos com a sua audição. Na ausência da visão é a audição a principal ferramenta, de conhecimento e informação.

As ruas são espaços destinados a todos. Ruas, praças, alamedas, avenidas; estradas e rodovias. São espaços controlados por administrações publicas, com uso irrestrito de usuários, munícipes, eleitores e cidadãos. Pelas ruas, estradas e avenidas, existem cores e símbolos, horizontais e verticais, transmitindo uma informação.

O som pode não se propagar no espaço onde há vácuo. Mas muitos sons se propagam pelos espaços públicos. Sons que poucos podem saber identificar. Os reconhecimentos dos sons acontecem ao longo de um tempo, com o uso da audição e associação dos fatos aos acontecimentos, e fatos acontecidos, após a audição do som. O som de um veículo ao freiar pode levar um pedestre em travessia, olhar para o sinal para conferir, se está aberto ou fechado. Com o som de uma freiada brusca, pode deixar alguém atento ao esperar outro som seguinte. Como um veículo batendo em outro, ou em um obstáculo físico como um poste ou uma parede. 



E outros sons acontecem pelas ruas, que ao saber reconhecer podem facilitar uma ação policial ou a remoção de um ferido ou doente. Um resgate de almas e vidas.

Sons de Polícia Civil ou Polícia Militar: indicam uma ação policial. Convém procurar um local seguro, pois não se sabe que tipo de ação policial poderá estar acontecendo. Uma perseguição ou um chamado de socorro, a um evento em andamento. Outros carros de policia podem surgir, ou mesmo um carro desgovernado e em fuga. Sons das sirenes de bombeiros anunciam um incêndio ou um regate de feridos. Convém liberar áreas para acesso a hidrantes e casas de força para facilitar a ação dos soldados do fogo.

Sons de serviços de resgate e assistência médica de urgência (SAMU), ou mesmo ambulâncias de hospitais e ambulâncias particulares, convém abrir espaço para sua circulação. Abrir espaço para ação de médicos e paramédicos. Liberar locais para estacionamento com espaços e locais, para ação de extricação e para desencarceramentos.
Em todos os casos, quem dirige pelas ruas e avenidas procura dar espaço para que as viaturas possam trafegar livremente e chegar aos seus destinos. Para a maioria dos brasileiros, o som de uma sirene indicando um ataque aéreo é um som restrito a filmes de guerra.

O novo sistema de transporte BRT além de destinar um espaço exclusivo para veículos de transporte coletivo, facilita e proporciona o trânsito de viaturas de socorro evitando aglomerações e engarrafamentos. Já é comum ver ambulâncias circulando pelas pistas do BRT.


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