segunda-feira, 20 de maio de 2013

Desafios da pesquisa. Entre o clássico e o emergente.


Desafios da pesquisa.
Entre o clássico e o emergente.

 

Antonio Gramsci (1891-1937) escreveu anotações e pensamentos para serem jogados fora no final do dia. Pierre Bourdieu (1930-2002) escreveu um livro para ser queimado. As anotações não foram jogadas fora e o livro não foi queimado, Bourdieu e Gramsci são referenciais teóricos respeitados e conceituados em trabalhos de análise de fatores das ciências sociais e atores sociais, de uma sociedade líquida aonde os conceitos vão se misturando e se adicionando com mais facilidade.

Pesquisas para serem defendidas, respeitadas e acatadas pela comunidade científica precisam ter um ineditismo do tema ou serem olhadas e analisadas por outros ângulos, novos olhares e outras vertentes do conhecimento.

A pesquisa clássica busca informações nas fontes primárias como manuscritos, anotações, depoimentos, riscos e rabiscos. Bibliografias confiáveis e pesquisas publicadas, depoimentos e/ou acompanhamentos in loco. Os dados são tabulados e interpretados por cientificismos e cartesianismos, uma visão focal e pragmática. Os dados precisam obedecer a normas pré-estipuladas, caso contrario são descartados.

O método científico de interpretação e conceitos, adotado por mestres e doutores da academia, é um modelo que o pesquisador detém mais tempo em formatação do trabalho, obedecendo a normas, padrões e regras, como ABNT e Vancouver, do que analisando e tirando conclusões. Comportamentos de academias e confrarias de diplomas raros, onde quanto maior o conhecimento, mais restritas são as cátedras.

O mundo mudou, as estratégias evoluíram, emergem novos conceitos e novas fontes de pesquisa. Bancos de dados oficiais e oficiosos estão disponíveis na internet. Pesquisas terminadas e em andamento também: teses, dissertações, monografias, opiniões, resenhas e artigos. Revistas científicas têm agora suas edições on line, e antes da publicação gráfica podem ser disponibilizadas em formato PDF A busca por fontes primárias ainda está disponível, e uma coleta de dados é solucionada e facilitada com equipamentos fotográficos, celulares com câmeras, tablets, note e net books, todos ao alcance das mãos e acondicionados em pequenos cases. Os arquivos de pesquisas em desenvolvimento podem ser salvos em mídias magnéticas ou em nuvens, podendo ser acessados de qualquer ponto remoto.

.A ordem social é outra, a globalização econômica corre junto com a socialização do conhecimento. As agencias de fomento à pesquisa discutem, defendem e adotam estratégias e ações para a difusão e popularização do conhecimento.

Champollion decifrou o indecifrável, arqueólogos montaram cacos para entender civilizações antigas. Na Era do Big Data nada é desprezado, tudo que é feito e desfeito na internet é arquivado em bancos de dados, desafiante será saber se tem valor de conhecimento ou informação.

Enquanto este texto é lido milhões de informações são lançadas no mundo digital, onde a unidade de medida é em 3V, velocidade, volume e variedade. O grande desafio da pesquisa agora é saber descobrir, manipular, interpretar a grande oferta de conhecimento e informações. Uma pesquisa no meio digital pode encontrar temas transversais vinculados ao item da pesquisa. O pesquisador precisa de um conhecimento plural, para definir e excluir o que serve e o que não serve a sua pesquisa. Conhecimento que precisa ser fundamentado ao lustrar bancos escolares e pesquisas particulares. O segundo desafio é a ética biológica e intelectual. E o terceiro desafio é compreender o pós-humano que tem sempre um novo alvo em busca de novas metas.

 

 

 

Informática em Revista

 
Natal=Parnamirim/RN —  20/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

terça-feira, 7 de maio de 2013

HUG BUG do Amarante


HUG BUG do Amarante
HUG e BUG em São Gonçalo do Amarante

 

O aeroporto se São Gonçalo do Amarante (SGA), no RN, segue com um vento de cauda. Um vento a favor de seus planos de voo, do seu direcionamento, sua construção e seus objetivos. São Gonçalo começará suas operações assim que o atual aeroporto de Natal, o Augusto Severo (NAT) encerrar suas atividades. Sendo a data prevista de inauguração com um voo da empresa aérea Gol, em 01/04/14, ano da Copa iniciando com um gol no RN.

O consórcio construtor e operador do novo aeroporto já começa a buscar empresas que desejem fazem em SGA um HUG, ou seja, uma base aérea de aviação comercial, uma central logística de cargas e passageiros. Um aeródromo centralizador e distribuidor de voos no Brasil e na América do Sul. Captando voos do hemisfério norte, oriundos do EUA e Europa, distribuindo passageiros e carga no BRA e na América do Sul (AS) com possibilidades de chegar a América Central (AC) e vice versa. Novamente o elefante com o mundo sobre as costas como Anatomia Cartesiana do RN e O Elephante de Shiva (O Mossoroense de Mossoró/RN em 23/08/12 e 07/11/12).

Aeroportos enormes funcionando como uma cidade já existe em países do hemisfério norte (HN), cada grande empresa aérea possuidora de uma grande frota de aeronaves tem seu HUG.  Considerando que o RN pode fazer parte de vários vértices de ângulos e triângulos, abrindo o ângulo em direções diversas, torna-se um ponto estratégico. Na Segunda Guerra Mundial já houve a presença das forças aliadas por esta razão. O aeroporto de SGA se posiciona como captador e distribuidor do fluxo aéreo de cargas e passageiros entre o HN e HS do planeta. Da mesma forma se posiciona em relação ao Brasil e a América do Sul.

Todas as triangulações passam pela região, tal como na 2ª GM com a Europa e a África. O RN está em um vértice de triangulo formado com a CEE e os EUA. É o vértice de um triangulo formado pelo RS e extremo do AM. Um vértice formado com Argentina e Venezuela. Triângulos que cobrem o Brasil, a América do Sul e o trafego entre o hemisfério norte (HN) e o hemisfério sul (HS). O Trampolim da Vitória tem tudo para acolher um HUG captando voos do HN e distribuindo voos para o Brasil e America do Sul. Para que tudo aconteça é preciso acertar os BUGs. Transito e acessibilidade a deficientes e eficientes. Mobilidade urbana, que o VLT (veículo leve sobre trilhos) não se torne um veiculo lotado ou lento sobre trilhos.

A cidade de São Gonçalo do Amarante já foi palco de tragédias e massacres. Já foi ocupado por índios, por portugueses e holandeses, por nativos e por pernambucanos. Seu território já pertenceu a Natal e Macaíba. Hoje faz divisa com cinco municípios e deverá fazer divisas com o mundo.

A data de aniversário da cidade acontece em janeiro, o mês que inicia o ano que também são festejadas em duas cidades que são portas do Brasil para o mundo. Rio de Janeiro e São Paulo.

A cidade de São Gonçalo do Amarante/RN com o AIRN faz aniversário no mesmo dia que São Paulo/SP, 25 de janeiro. A Avenida 20 de Janeiro dá acesso ao AIRJ – Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

 

AIRJ AIRN

 
Parnamirim/RN -  07/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Gênese da informática


Gênese da informática

 

No princípio o homem olhou para os céus e para o chão que pisava. Sentiu-se em um ambiente vazio e sem forma: olhava, observava e não entendia, faltava algo que ajudasse a compreender aquele ambiente, com fatos e atos que aconteciam a sua volta. Algo desconhecido, em um misto de luzes e trevas. Seu olhar movia-se pelas superfícies das águas e das planícies. Partiu em busca de novas terras, chegara o tempo das navegações, saiu em busca de uma resposta, em busca de novos ambientes e novos conhecimentos.

O homem começou a garimpar os rios com a peneira e a bateia. Girando e aplicando uma força centrifuga na bateia separou as terras das águas, os sólidos dos líquidos. Garimpando retirou pedras e minerais preciosos de areias e cascalhos. O homem viu que os minerais eram bons, os minerais tinham valor e utilidades. Para solucionar o problema da escuridão, criou a luz (Thomaz Edson, 1879). Uma ideia tão brilhante, tão significante, que até hoje a imagem de uma lâmpada acesa representa uma ideia, O homem viu que a luz era boa, colocou dentro de casa, usou para iluminar seus caminhos. Espalhou pelas ruas e avenidas.

Das propriedades hoje conhecidas da eletricidade, multiplicam-se ao infinito. Os seus recursos proporcionados ao homem, ainda não findaram, e iluminam e a cada momento histórico da ciência. Proporcionando uma nova luz, uma nova direção. Com o laser veio a precisão. A eletricidade teria ainda muitas utilidades a serem descobertas, já dizia  Allan Kardec em seu original Le Livre des Esprits, 1954.

A eletricidade foi mostrando ao homem novas utilidades e possibilidades. O uso da eletricidade associada com os minerais e gases extraídos da natureza resultaram em válvulas e lâmpadas. Conjuntos de válvulas deram origem aparelhos elétricos e eletrônicos. O homem resolveu juntar todos os elementos em um lugar e criou os circuitos impressos e integrados, com a integração chegaram os eletrônicos. Na intenção de entender e compreender o que acontecia a sua volta criou o computador a sua imagem e semelhança. Códigos computacionais assemelham-se aos códigos genéticos.

Em um circuito impresso plano tal qual a ideia da superfície da terra pelos antigos, a um circuito principal, com a cor de um jardim, deu o nome de placa mãe. A mãe terra, a mãe natureza, a mãe que controla outras placas. Neste circuito plantou inúmeros elementos. Uma árvore principal da placa, no meio do jardim, o processador, aquele que o usuário está proibido de mexer. Ali está contido o segredo do conhecimento, um segredo que só o criador da maquina conhece.

E o homem percebendo a solidão do computador, criou a impressora, para lhe fazer companhia. Ligou-a uma tomada lateral do computador, para que ela pudesse estar sempre junto, a seu lado, contando tudo o que ele processa e guarda na memória.

Chegou o wire less promovendo o divorcio físico entre a impressora e o computador. Hoje ela fica em posição remota, tem alguns circuitos e aceita arquivos via USB, imprime sem a necessidade de comando do computador. 

Com sua imagem e semelhança disse que o computador dominaria todo periférico sobre a mesa. O homem criou todo tipo de hard e soft, que o computador domine todos, falou o homem. Mas veio outro homem, desviado da proposta original, em oposição, criou legiões de vírus, spys e piratarias. Softs e hards em uma luta constante, entre o bem e o mal. O passo de um imputa em mais um do outro.

Tal como os livros, os programas vão adicionando novos conhecimentos, novos modelos de entendimento do que acontece a nossa volta. O DNA contido nas células assemelha-se aos códigos computacionais. Cada célula do corpo é um centro computacional e o DNA é o código numérico do programa. Um conjunto de células forma um organismo, e um conjunto de mecatrônica forma um sistema robótico.

Um dia ao experimentarem a Apple, descobriram que estavam nus, eram muito simples. Chegou uma nova geração de computadores. O homem criou a internet, blogs, sites, portais, e-mails, e etc. Crescei e multiplicai, ocupai a Terra pela internet. Navegar é preciso, viver não é preciso.



Artigo Publicado:

Informática em Revista
ANO 7 | Nº 82 | Maio/2013 | Natal/RN

 

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Parnamirim/RN -  20/04/2013
Informática em Revista
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)